Hacks e dicas: Neuromarketing aplicado à produção de conteúdo

Quando ouvimos falar sobre neuromarketing, rapidamente associamos a definição do estudo do inconsciente, práticas que exigem pesquisa e aparelhagem consideravelmente caras. De fato, neuromarketing é o estudo referente ao planejamento de ações que buscam os melhores meios de comunicar algo com o cérebro humano, através do conhecimento de como são processados os estímulos externos no nosso cérebro. Para saber mais sobre o conceito de neuromarketing e sua importância, confira esse outro artigo que escrevemos definindo o termo.

No entanto, o neuromarketing sempre esteve presente em estudos de publicidade, marketing e áreas afins e possui alguns métodos simples de aplicar neuromarketing no dia a dia da sua empresa. 

Esses métodos são variados. Neste texto, você vai descobrir como a criação de conteúdo pode ajudar a engajar o seu público e a conquista de novos consumidores. Continue lendo e aprenda como aplicá-lo.

Inove na produção de conteúdo usando o neuromarketing

Quem nunca leu blog, não é? Ao contrário do que muitos dizem, os blogs, newsletter e e-books não estão mortos. O que acontece, em muitos casos, é que eles não atingem o seu público como deveriam, não atendendo a real necessidade de quem está no outro lado da tela.

Comecemos pelos período pré-histórico, onde os homens ainda descobriram o fogo, a roda e moravam em cavernas. Não existiam livros, computadores ou qualquer outro meio de divulgar conhecimento além da oralidade e pinturas nas cavernas. Tornou-se comum, a famosa imagem de uma roda de pessoas ao redor da fogueira, no qual, o ancião da tribo ou da família contava histórias e passava seus conhecimentos adquiridos pelos anos de vivência.

Neuromarketing na produção de conteúdo

Como dos vários aprendizados e instintos que os seres humanos herdaram de seus antepassados, o gosto pelas histórias não ficou de fora. As pessoas amam uma boa história, elas abrem espaço para imaginação, fortes emoções e criam um vínculo pelo que é contado, principalmente se elas vierem acompanhadas de recursos visuais. A união desses três pontos é responsável pela criação de uma memória vivaz a respeito da informação e, com isso, recebe um lugar especial na nossa memória.

Mas não se apresse, essa estratégia já é fortemente difundida e conhecida no marketing e na publicidade, o famoso storytelling. Assunto que já foi abordado anteriormente no blog.

O que é importante saber, e é aplicando o neuromarketing que conseguimos esse resultado, é como contar uma boa história. Saber o que utilizar, como se referir e o que verdadeiramente gera lembrança ao consumidor. Não estamos falando de um vídeo viral que da mesma forma que estoura é esquecido no canto da gaveta. Ou do famoso caso da Nissan, com o famoso jingle dos “Pôneis malditos” que qualquer pessoa lembra a música, mas não faz ideia da marca ou do modelo do carro que estava sendo vendido.

As histórias refletem os comportamentos e crenças das pessoas. Elas são passadas e repetidas de geração em geração. O que as torna inovadoras é apenas o modo no qual são contadas. 

Para escrever uma boa história é necessário conhecer o seu público. Deseja vender carros? Não fale apenas sobre seus carros ou modelos. Tente entender as reais necessidades de quem deseja ter um carro.

Por exemplo, seguindo a lógica da venda de carros, do que adianta publicar em seu blog uma matéria sobre uma determinada marca ou modelo de carro? Essa informação pode ser encontrada em diversos locais, seu blog será mais um na enxurrada de informações das páginas da Internet. Mas, se você mudar a sua abordagem e dar aquilo que realmente as pessoas procuram saber, você irá se destacar da concorrência, apresentando um conteúdo diferenciado.

Como saber o que o seu público procura?

Conhecimento é tudo. Há diversos métodos para isso, muitos deles envolvendo pesquisas árduas que demandam tempo e dinheiro. Porém, trazemos pra você um método bastante simples de aplicar o neuromarketing nas suas produções do dia a dia.

Por característica, o cérebro humano busca atender suas próprias necessidades. Por isso, você deve produzir conteúdos que sejam do interesse do seu público. Portanto, não é interessante se limitar a assuntos que dizem respeito a você ou à sua empresa. O ideal é ser persuasivo e tocar na dor da pessoa.

Para isso, você utiliza o sentimento que mais permeia o instinto humano: o medo. Todos nós temos medo na hora de realizar uma compra, contratar um serviço ou fazer uma escolha. É nesse ponto que as empresas, principalmente da área de serviços, devem investir seu conteúdo. Sanando as dúvidas e inseguranças do seu público, eles vão criar a sensação de segurança, sabendo que podem confiar em você.

Como aplicar o neuromarketing em seus conteúdos ?

Na hora de escrever, fique de olho em algumas dicas que podem facilitar a adesão do consumidor pelo conteúdo:

  • Seja direto e objetivo;
  • Aposte em frases curtas e de fácil entendimento;
  • Utilize de argumentos e teorias, quando o conteúdo se referir a uma dúvida e insegurança racional;
  • Argumentação emocional quando o conteúdo se referir a uma motivação de consumo, emoção. Ao contrário, utilize argumentação mais lógica, a fim de trazer uma solução.
  • Aposte no poder de palavras persuasivas, como “porque”, “como”, “grátis”, “novo”, “agora”, entre outros.
  • Não escreva só sobre você. A marca pode ser sua, mas os problemas são dos clientes. Estamos falando sobre eles e as dificuldades dos mesmos. Apresentar os seus produtos e serviços é importante, mas é preciso dar espaço para conteúdos que são relevantes para os seus clientes.
  • Fique de olho nas cores e tipografias utilizadas em seus textos, elas são fortes influenciadoras na transmissão da mensagem e sentimentos. Azul, por exemplo, passa uma imagem de confiança e tipografias com serifa, tendem a ser mais difíceis de ler.

Ainda na dúvida ? Confira alguns cases de sucesso

O primeiro case, trazendo essa produção de conteúdo para uma realidade audiovisual, é o caso da gigante rede de hotelaria Marriot. A marca produziu um curta, chamado “Two Bellmen”, com o intuito de mostrar os seus serviços. Todo o filme se passa no hotel da marca, mostrando os ambientes físicos, o serviço e o comprometimento com o cliente através de um conteúdo divertido e bem produzido. Em nenhum momento, o vídeo faz menção direta à marca: 

A produção de conteúdo está em todas a plataformas e, aos poucos ela vem mudando, deixando de ser uma venda de produto para uma venda de emoção, desejo e solução, como visto no exemplo acima.

O mesmo aconteceu com a Samsung, que firmou uma parceria com a Vimeo para a produção de 10 vídeos sobre a complicada relação entre humanos e tecnologia. Essa ação fez parte de uma estratégia de marketing de conteúdo chamada “The Connected Series”.

O último case, voltado para o conteúdo digital em formato de e-books e conteúdo de blog, é o da Resultados Digitais, empresa de Florianópolis especializada na venda de softwares de marketing e vendas. 

O foco desta estratégia de marketing está totalmente no conteúdo e não na inserção da marca nos vídeos. A Samsung distribui esses vídeos sempre que do seu interesse, mas exibidos no Vimeo. Além disso, as menções às duas marcas são feitas o mínimo possível para preservar a veia artística dos curtas.

O site e as redes sociais da empresa disponibilizam e-books, vídeo aulas e posts com o objetivo de sanar inseguranças do seu público, que geralmente são donos de empresas, agências, empreendedores e até estudantes. São conteúdos de marketing, diferentes formas de aplicá-los e as tendências do mercado atual.

Eles conhecem o seu público e sabem quais são seus medos, possuindo desde materiais introdutórios, até mais profundos e específicos. Seus materiais abrem caminho para o consumo de conteúdos posteriores, até chegar um ponto em que o indivíduo esteja utilizando seus conteúdos pagos.

O mesmo acontece com a Rock Content, uma agência de São Paulo que investe bastante na criação de conteúdo e tem ganhado cada vez mais espaço no mercado e como referência em cursos online e serviços.

Ver essa foto no Instagram

Quarto dia da nossa semana de estudos com o curso de Gestão de Mídias Sociais, desta vez falando sobre as particularidades de cada rede social. Se você ainda não sabe: liberamos 5 cursos premium da Rock University de forma gratuita e estamos estudando juntos. Mais informações é só acessar o link na nossa bio! Cada rede social possui universos próprios. Dependendo da persona, pode fazer sentido para sua empresa, por exemplo, manter uma presença ativa no Twitter e deixar o LinkedIn de lado, ou vice e versa. Além da questão de presença em cada plataforma, é importante refletir sobre o formato de conteúdo para cada. Divulgar um conteúdo utilizando a mesma chamada em todas as redes sociais pode não ser a estratégia mais eficiente, por exemplo. É importante ter foco nas possibilidades e vantagens que cada canal proporciona. Aproveitar o LinkedIn para compartilhar conteúdos mais técnicos e aprofundados, levando dinamicidade e leveza aos seus stories são formas de usar os pontos fortes de cada plataforma de maneira estratégica. Sua marca está presente em todas as redes sociais? Qual delas gera mais resultados para o seu negócio? Amanhã traremos os últimos módulos do curso!

Uma publicação compartilhada por Rock Content (@rockcontent_br) em

Produzir conteúdo e engajar seu público não é tarefa fácil, mas estudando seus clientes e descobrindo as suas verdadeiras dores, você pode, não só ajudá-los, mas também, aprender muito com eles.

Até a próxima!

Letícia Meireles
Marketing Digital

Facebook
Twitter
LinkedIn

Destaques do Blog