Design Thinking no Marketing Digital: como isso revoluciona tudo

Vivemos escutando conceitos e termos diferentões quase que diariamente, mas muitas vezes mal sabemos ao certo o que são e o que significam. Um deles, que você já deve ter ouvido falar, é o Design Thinking. Termo nem tão novo assim, mas pouco compreendido.

Definindo de maneira bem rasa, Design Thinking nada mais é que uma forma crítico-criativa de pensar soluções para problemas em uma determinada situação. Essa metodologia é ideal para a resolução de problemas complexos que são mal definidos ou desconhecidos, compreendendo as necessidades humanas envolvidas, reenquadrando o problema de forma centrada no ser humano. O Design Thinking funciona tão bem que já foi adotado por empresas como Airbnb, Nubank e Totvs.

Mas aí você pode me perguntar: e o que isso tudo tem a ver com Design?

A resposta é que ele tem como base as formas de pensamento e de metodologia do Design tradicional, tais como, pesquisas, brainstorming, seleção de ideias e prototipagem. Essas formas são as etapas presentes em seus processos de criação e desenvolvimento e estão definidas em 5 estágios. Acompanhe a seguir esses 5 passos e como o Design Thinking tem tudo a ver com o Marketing Digital.

 Os 5 Estágios no processo do Design Thinking

 1. Empatia

Temos como primeira etapa do processo de Design Thinking, a obtenção da compreensão empática do problema que será resolvido. Assim, envolvendo uma consulta especializada, o objetivo é descobrir mais sobre a área de interesse da observação, envolvimento e empatia com as pessoas para compreender suas experiências e motivações. Além disso, a ideia é mergulhar no ambiente físico para que você possa obter uma compressão pessoal mais profunda das questões envolvidas.

Quando falamos de um processo de design centrado no ser humano como o Design Thinking, a empatia é algo crucial para o sucesso do processo, pois ela permite que os pensadores do design deixem de lado suas próprias perspectivas e suposições sobre o mundo, obtendo então informações mais profundas sobre os usuários e suas necessidades.

Dependendo das restrições de tempo, uma quantidade considerável de informações é reunida neste estágio para o uso durante a próxima etapa e para desenvolver a melhor compreensão possível dos usuários, suas necessidades e os problemas “escondidos” no desenvolvimento de um produto/serviço.

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 2. Definição do problema

Este estágio serve para que você reúna todas as informações obtidas durante o estágio Empatia, só assim você conseguirá analisá-las e sintetizá-las, definindo então os principais problemas que você e sua equipe encontraram até o momento. Após estas definições, será mais fácil ter ideias para captar recursos, funções e/ou quaisquer outros elementos que ajudem na resolução desses problemas, ou pelo menos, permitam que os próprios usuários resolvam sozinhos, sem nada, ou quase nada, de dificuldade.

Talvez o estágio de Definição de Problema seja o mais desafiador de todo o processo, já que essa definição se dará a partir das suas observações e informações levantadas no primeiro estágio, ou seja, a compreensão empática tem de estar bastante ativa durante o processo.  Por isso é muito importante que o seu problema seja definido de forma extremamente clara, sempre prestando atenção em tudo, caso contrário, você irá caminhar como se estivesse em um quarto escuro, sem nenhuma direção.

Assim que você tiver o domínio da definição do seu problema, é possível melhorar o processo e também o resultado do processo de Design Thinking. Com as definições de problemas corretos, você conseguirá seguir em frente e ir para o próximo estágio, chamado de Ideação.

 3. Ideação

Durante este terceiro estágio do processo, você já está pronto para começar a gerar ideias. Você já entendeu seus usuários e suas necessidades no estágio Empatia, analisou e sintetizou suas observações no estágio Definição de Problema e acabou com uma declaração de problema centrado no ser humano. Com este embasamento sólido você e a sua equipe podem começar a pensar fora da caixa para identificar soluções para a declaração de problema que você criou, e assim começar a procurar alternativas de visualizar o problema.

Existem muitas técnicas de ideação, como Brainstorm, Mind Maps, Piores Ideias Possíveis e Scamper. O Brainstorm e as Piores Ideias Possíveis são usadas para estimular o pensamento livre e a expansão do espaço que o problema ocupa. Procure saber qual dessas técnicas mais se encaixa com o jeito da sua equipe trabalhar, pois, são essas dinâmicas que irão ajudar a gerar insights inovadores para o processo.

 4. Protótipo

A sua equipe de projeto irá produzir várias versões de baixo custo do produto/serviço, para que eles possam investigar as soluções de problemas que foram gerados no estágio anterior. Esses protótipos podem ser compartilhados e testados até dentro da própria equipe, em outros setores ou em um pequeno grupo de pessoas que fazem parte da equipe de design. Essa fase experimental dirá muito sobre o trabalho que está sendo feito até aqui, pois com ela será possível alcançar o objetivo de identificar a melhor solução possível para cada um dos problemas identificados durante os três primeiros estágios.

As soluções são implementadas dentro dos protótipos, e cada uma delas é investigada e aceita, melhorada e reexaminada ou rejeitada com base nas experiências que os usuários tiveram. Na etapa final, a equipe de projeto terá uma ideia melhorada das restrições que fazem parte do produto/serviço e aos problemas que estão presentes nele e então solucioná-los.

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5. Teste

Esta é a reta final do processo, o último estágio, mas não menos importante. Designers e avaliadores fazem testes completos e rigorosos com o produto ou serviço, utilizando as melhores soluções identificadas durante a fase de prototipagem. Esta é a etapa final do modelo dos 5 estágios, onde os resultados gerados durante a fase de testes são frequentemente usados para definir um ou mais problemas. O objetivo é entender a compreensão dos usuários sobre o produto ou serviço, entender como as pessoas pensam o produto ou serviço, se comportam e sentem. Ou seja, uma visão com empatia sobre o usuário.

Mesmo durante este estágio, é possível que surjam alterações e refinamentos, para que as soluções problemáticas sejam descartadas, obtendo uma compreensão mais profunda do produto/serviço e usuários.

Design Thinking e Marketing Digital juntos

Com a percepção de como o processo do Design Thinking funciona, será capaz de aplicar essa metodologia em outras áreas específicas. No nosso caso, será no Marketing Digital. Para isso, temos de pensar em como satisfazer a persona da melhor forma possível, propondo soluções inovadoras, ágeis e eficazes. Lembra do que falamos sobre empatia no primeiro estágio? Essa perspectiva de como satisfazer a persona deve estar presente desde a concepção do planejamento e definição de estratégias até a sua execução. Com isso, iremos analisar de que forma podemos incluir o Design Thinking ao Marketing Digital. Vem comigo!

No Branding

A construção da imagem de uma marca é algo bastante essencial para determinar sua longevidade e sucesso. Como uma marca é feita de pessoas para se relacionar com pessoas, transmitir verdade e compreender as vontades dos clientes e suas expectativas e necessidades, são pontos importantes para que o vínculo efetivo exista e proporcione experiências marcantes para os usuários. Isso só é possível somente quando olhamos para o outro e tentamos sentir o que ele sente. Ou seja, a essência do Design Thinking, a empatia.

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No conteúdo

Quando postamos uma foto no Instagram ou um vídeo no Youtube, queremos que aquele post gere engajamento e visualização, atingindo o maior número de pessoas, sem nenhuma distinção de público. Mas quando produzimos conteúdo para internet usando essa perspectiva, a tendência é de que este conteúdo de fato não sirva para ninguém ou ele seja muito raso. É importante sabermos para qual público o conteúdo está sendo produzido e no que este conteúdo será útil. Usando esse pensamento, a produção será muito mais assertiva, interativa e funcional e irá gerar muito mais valor.

Nos processos de trabalho

Com o advento da internet, as organizações passaram e passam por grandes transformações. Uma das questões centrais dessas mudanças é a colaboratividade. Em muitas empresas ao redor do mundo, que são exemplos nas criações de hubs de inovação compartilhados, como Google e Facebook, essas modificações são bastante nítidas até mesmo na dinâmica interna. Conseguimos notar essas modificações internas quando vemos que essas companhias têm em suas equipes pessoas com perfis profissionais com uma multidisciplinaridade latente, pessoas curiosas e adaptáveis. Ou seja, pessoas diferentes trabalhando juntas tem mais chances de serem inovadoras e apresentarem soluções criativas.

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Concluindo

Uma das coisas mais importantes no processo de Design Thinking, é compreender a jornada do cliente. Isso é muito relevante para a obtenção de resultados positivos no marketing digital usando essa metodologia. Ou seja, no mundo ideal, marketing e publicidade se debruçariam no Design Thinking antes de qualquer campanha ou ação.

Além disso, prototipar um produto ou serviço ajuda a tirar conclusões mais rápidas e com menores custos –  o que é de extrema importância em um cenário tão competitivo. Sem falar do alinhamento entre propósito, enquanto marca, e as práticas e discursos. Tudo isso mostra como o Design Thinking pode ajudar não apenas no marketing digital, mas em muitas outras áreas.

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Alexandro de Lima
Designer

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