Nos últimos meses, o mundo se deparou com uma pandemia que modificou a forma como todos nós nos relacionamos.
Distanciamento social, sem aglomeração de pessoas, higiene redobrada e trabalho remoto, se possível. Essas são as principais medidas preventivas para barrar a disseminação do vírus, de acordo com a OMS.
Essas determinações são válidas em todas as esferas da sociedade. E, ainda em meio à crise, as empresas têm um papel muito importante em sensibilizar a população e incentivar a tomada de ações para contenção do vírus.
As novas estratégias de marketing devem se adaptar ao momento atual, com uma comunicação coesa com o plano traçado.
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Design e conscientização
Em momentos turbulentos, as marcas devem se posicionar de forma a transmitir confiança, tranquilidade e empatia a seus consumidores, através de mensagens transparentes e responsáveis.
Grande parte da comunicação com o público se dá por meio de peças gráficas, seja nas mídias digitais ou físicas. O design causa grande impacto na forma como as pessoas entendem a mensagem. E, se feito sem cuidados, pode gerar reações negativas.
Por exemplo: é consenso mundial o incentivo ao distanciamento social. Então, é contraditório utilizar imagens de pessoas se abraçando ou apertando as mãos.
O mesmo vale para estimular a permanência dentro de casa. É interessante buscar imagens de pessoas relaxando em frente à TV, trabalhando remotamente ou até se exercitando dentro das suas residências.
Reveja os conceitos das campanhas
Agora também é o momento de rever campanhas que já estavam circulando ou prestes a serem lançadas.
Mesmo que tenham sido planejadas antes do Coronavírus, é melhor evitar a veiculação de qualquer tipo de comunicação que demonstre comportamentos inadequados no cenário atual.
Publicidade ruim agora pode ser muito prejudicial no futuro.
Vale o questionamento: “os elementos desta peça são apropriados e fazem sentido no momento atual?”.
A criatividade das marcas
Há empresas que foram além da comunicação consciente e reformularam as suas identidades visuais.
Uma delas foi o Mercado Livre, que alterou seu logo – o clássico aperto de mãos – para um toque de cotovelos. A ação viralizou e foi muito bem recebida.
Outras grandes marcas aderiram à iniciativa, como a rede de fast-food McDonald’s e as fabricantes de automóveis Audi e Volkswagen.
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Concluindo
Os exemplos de boa aplicação de design são muitos. Não só é válido, mas também necessário buscar referências, como essas, para produzir peças que tenham impacto positivo e promovam a empatia.
Essas ações são pequenas e simples. Podem não parecer merecedoras de grande destaque, mas conversam diretamente com o subconsciente dos consumidores e influenciam sutilmente a sua maneira de encarar a pandemia.
O momento demanda calma, cuidado e confiança. A comunicação das empresas precisa estar muito bem alinhada, e a aplicação do design deve ser condizente com o seu posicionamento.
Pedro Padilha
Designer